Portugal descobriu as terras brasileiras, lá pelos idos de 1500, através da viagem de Pedro Alvares Cabral. Um fidalgo, descendente de família nobre, famosa nas lutas contra os mouros e castelhanos, estudou em Lisboa, onde aprendeu literatura, história, cosmografia e artes militares.
No primeiro contato com os indígenas, habitante e dono das terras brasileiras, houve um estranhamento dos dois lados, um verdadeiro “choque cultural”. Por isso, acho que a melhor forma de descrever os portugueses no país seria com “a chegada dos portugueses ao Brasil” e não o descobrimento... Porque nosso solo já era habitado por uma grande nação indígena, dividida em vários povos.
Muita coisa aconteceu e ficou gravada na história, em documentos, mapas, livros e anotações de historiadores dos dois países. Diante de determinados fatos, podemos observar controvérsias e nem todos concordam com as versões brasileira e portuguesa do descobrimento e colonização de nosso Brasil.
Eu tenho conclusões próprias sobre a história, sobre os dois países, com relação à “Chegada dos Portugueses ao Brasil” e nossa origem portuguesa. Não quero tratar do assunto, mas do “meu” Descobrimento de Portugal. Das belas terras portuguesas, da natureza exuberante e do conhecimento do passado em cada rocha ou grão de areia de suas construções medievais.
Um país pequeno, em se tratando do espaço territorial e ao mesmo tempo, imenso em história e tradição, na preservação das terras e da cultura. País de lindas terras banhadas pelo Oceano Atlântico. Com praias de areias brancas margeando rochedos e encostas onde a natureza permanece intacta...
Aldeias com casas de pedras ainda habitadas e outras tantas disponíveis para venda. Em terras portuguesas, podemos comprar um castelo medieval ou um palácio que serviu de residência para nobres membros da realeza.
Podemos comprar livros em toda parte. Livros que contam a história do povo português, dos navegadores e exploradores que no século XV, juntamente com a Espanha eram os dois países mais poderosos do mundo e as explorações marítimas os atraía em busca de novas terras para explorar...
Livros como na pequena localidade de Óbidos, que segundo consta, tem mais livrarias do que residências. Tem um hotel decorado inteiramente com livros... Podemos encontrar livros na padaria e no mercado de frutas... tornando-se, assim, uma vila com um ambiente aconchegante e familiar, totalmente peculiar em prédios de antigas e novas construções, onde o medieval e o moderno convivem em total parceria.
Estava pensando num artigo, de uma amiga poetisa, num jornal da região de Coimbra, que falava da sua visita à histórica Universidade. Ela se mudou para lá, encontrou a felicidade em solo português. E não poderia ser diferente.
Portugal de belas terras, arquitetura magnífica, natureza exuberante, rios, lagos e córregos de águas cristalinas, tanta história, poesia medieval e moderna, poderia ficar aqui discorrendo por dias e dias sobre a poética portuguesa, que não está nas letras, mas em todo o seu contexto. A terra portuguesa é pura poesia. E aí já é outro assunto...
Nell Morato
15/10/2016
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